Escritos na Areia
domingo, 30 de outubro de 2022
terça-feira, 16 de junho de 2020
Jair
E agora, Jair?
A besta calou,
Ministro acordou,
Pouco se viu,
o jogo virou,
e agora, Jair?
e agora, eleitor?
que tem codinome,
ofende os outros,
que odeia versos,
difama, protesta?
e agora, Jair?
Está sem poder,
está sem discurso,
está sozinho,
já não pode lamber,
já não pode chupar,
cuspir já não pode,
a corja esfriou,
puxa-saco não veio,
o gozo não veio,
paraíso não veio,
não veio a orgia
até aos seus irritou
a muitos humilhou
a tudo desafiou,
e agora, Jair?
E agora, Jair?
Sua falsa palavra,
seu semblante de peste,
sem remédio nenhum,
sua merreca,
sem chave de ouro,
seu jeito indevido,
sua demência,
sem pódio — e agora?
O país na contramão
quer indicar caminho,
não existe porto;
vive fora do ar,
mas ar rareou;
com as cloroquinas,
engano não há mais.
Jair, e agora?
Se você ouvisse,
se você sentisse,
se conquistasse
a torcida palmeirense,
se silenciasse,
se você calasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
Se faz de puro, Jair!
Sozinho no planalto
qual bicho-do-mato,
quer a nossa agonia,
sem verdade sua
para se acreditar,
sem fake news
que alcance sua tropa,
você marcha, Jair!
Jair, que se esconde.
A besta calou,
Ministro acordou,
Pouco se viu,
o jogo virou,
e agora, Jair?
e agora, eleitor?
que tem codinome,
ofende os outros,
que odeia versos,
difama, protesta?
e agora, Jair?
Está sem poder,
está sem discurso,
está sozinho,
já não pode lamber,
já não pode chupar,
cuspir já não pode,
a corja esfriou,
puxa-saco não veio,
o gozo não veio,
paraíso não veio,
não veio a orgia
até aos seus irritou
a muitos humilhou
a tudo desafiou,
e agora, Jair?
E agora, Jair?
Sua falsa palavra,
seu semblante de peste,
sem remédio nenhum,
sua merreca,
sem chave de ouro,
seu jeito indevido,
sua demência,
sem pódio — e agora?
O país na contramão
quer indicar caminho,
não existe porto;
vive fora do ar,
mas ar rareou;
com as cloroquinas,
engano não há mais.
Jair, e agora?
Se você ouvisse,
se você sentisse,
se conquistasse
a torcida palmeirense,
se silenciasse,
se você calasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
Se faz de puro, Jair!
Sozinho no planalto
qual bicho-do-mato,
quer a nossa agonia,
sem verdade sua
para se acreditar,
sem fake news
que alcance sua tropa,
você marcha, Jair!
Jair, que se esconde.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2019
À noite, cachoeira
Esta noite
Desbravamos novos caminhos, de novo
Percorremos por outros sentidos
Rumo ao desconhecido
Que tínhamos a sensação de já dominar
Na trilha das descobertas
Subi morros
Desci montanhas
Me embrenhei pelas entranhas
Vi a lua nas encostas
Senti que estava nas alturas
E que era capaz de alcançar toda luz
Em meio à noite
Gritos, sussurros,
Suor escorrendo
O calor fazendo nossos corpos arderem por um novo sentir, novo de novo
Respiração ofegante
Um mergulhar em um infinito instante
De tirar o fôlego
A natureza deste instinto
Me levou a uma trilha
Em que percorri
Muitos quilômetros
Como veículo, mãos
Sendo guiadas a cada nova curva
Senti os aromas, respirei todos os sentidos
Para conseguir voltar, ir, voltar
Por curvas que estavam ao alcance e que até já haviam sido vividas
Mas era preciso escalar mais, saborear mais, me jogar mais
Para atingir o êxtase
Que veio em forma de cachoeira
Inundando nossos desejos
De mergulhar mais fundo
Pousando a língua no céu da boca
Há muitos sentidos a serem explorados ainda nessa caminhada
E o desejo é seguir sem pressa, sem pressão
Aprendendo a viver intensamente
Dias em nossas noites
Desbravamos novos caminhos, de novo
Percorremos por outros sentidos
Rumo ao desconhecido
Que tínhamos a sensação de já dominar
Na trilha das descobertas
Subi morros
Desci montanhas
Me embrenhei pelas entranhas
Vi a lua nas encostas
Senti que estava nas alturas
E que era capaz de alcançar toda luz
Em meio à noite
Gritos, sussurros,
Suor escorrendo
O calor fazendo nossos corpos arderem por um novo sentir, novo de novo
Respiração ofegante
Um mergulhar em um infinito instante
De tirar o fôlego
A natureza deste instinto
Me levou a uma trilha
Em que percorri
Muitos quilômetros
Como veículo, mãos
Sendo guiadas a cada nova curva
Senti os aromas, respirei todos os sentidos
Para conseguir voltar, ir, voltar
Por curvas que estavam ao alcance e que até já haviam sido vividas
Mas era preciso escalar mais, saborear mais, me jogar mais
Para atingir o êxtase
Que veio em forma de cachoeira
Inundando nossos desejos
De mergulhar mais fundo
Pousando a língua no céu da boca
Há muitos sentidos a serem explorados ainda nessa caminhada
E o desejo é seguir sem pressa, sem pressão
Aprendendo a viver intensamente
Dias em nossas noites
sábado, 15 de dezembro de 2018
Na madrugada - Reynaldo Bessa
O texto a seguir foi extraído de música inédita que meu amigo Reynaldo Bessa interpretava em seus shows nos anos 1990:
NA MADRUGADA
(Reynaldo Bessa)
Não diga nada
eu vim aqui te procurar
rasgar meu orgulho
me resignar
NA MADRUGADA
(Reynaldo Bessa)
Não diga nada
eu vim aqui te procurar
rasgar meu orgulho
me resignar
Quero seu nome
levar você pra outro lugar
dizer coisas belas
te namorar
Na madrugada
minhas lágrimas
a chuva lavou
levou meu sorriso
meu grito ecoou
Na madrugada
Minhas lágrimas
a chuva levou
lavou meus sentidos
meu grito ecoou
Nos quatro cantos do seu mundo
meu canto vagabundo
pensou e repensou
minhas palavras ferem o aço
do orgulho me desfaço
quero de volta o seu amor
sábado, 10 de março de 2018
De dia amantes
Como luz na escuridão
Dias nas minhas noites
A qualquer momento, meu sol de verão
De Madison, as pontes
Feito estrela na imensidão
Brilho do meu olhar
Rima da canção
Muito a representar
Alma imoral de meu corpo antes acomodado
Minha transgressão
Faz meu corpo transcender
Para preservar a evolução
15 de julho de 2011
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
A forma da água ou La forma del Toro
Não importa a forma de seus bens
A forma que vale é o quanto faz o bem
A forma que vale é o quanto faz o bem
Não importa a forma como se expressa
A forma de seu sentir é sua verdadeira expressão
A forma de seu sentir é sua verdadeira expressão
A forma de sua silhueta não faz diferença
É especial pela forma como dança a cada movimento
É especial pela forma como dança a cada movimento
Não é sua forma que torna você mais ou menos gente,
mas sim os contornos que fazem você ser humano
mas sim os contornos que fazem você ser humano
A forma como pensa é mais rica quando acompanhada da forma como age.
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