terça-feira, 16 de junho de 2020

Jair


E agora, Jair?
A besta calou,
Ministro acordou,
Pouco se viu,
o jogo virou,
e agora, Jair?
e agora, eleitor?
que tem codinome,
ofende os outros,
que odeia versos,
difama, protesta?
e agora, Jair?

Está sem poder,
está sem discurso,
está sozinho,
já não pode lamber,
já não pode chupar,
cuspir já não pode,
a corja esfriou,
puxa-saco não veio,
o gozo não veio,
paraíso não veio,
não veio a orgia
até aos seus irritou
a muitos humilhou
a tudo desafiou,
e agora, Jair?

E agora, Jair?
Sua falsa palavra,
seu semblante de peste,
sem remédio nenhum,
sua merreca,
sem chave de ouro,
seu jeito indevido,
sua demência,
sem pódio — e agora?

O país na contramão
quer indicar caminho,
não existe porto;
vive fora do ar,
mas ar rareou;
com as cloroquinas,
engano não há mais.
Jair, e agora?

Se você ouvisse,
se você sentisse,
se conquistasse
a torcida palmeirense,
se silenciasse,
se você calasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
Se faz de puro, Jair!

Sozinho no planalto
qual bicho-do-mato,
quer a nossa agonia,
sem verdade sua
para se acreditar,
sem fake news      
que alcance sua tropa,
você marcha, Jair!
Jair, que se esconde.

Só mais um aparte: José representa um homem do povo, e Jair é alguém que não o representa.

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